O Irmão X, em Lázaro Redivivo, conta-nos esta versão da parábola do Bom Samaritano:
"E eis que, em plena assembléia de espiritualidade, se levantou um certo companheiro intelectualizado e dirigiu-se ao Amigo Sábio Benevolente, que se comunicava através da organização mediúnica, perguntando, para tentá-lo:
— Benfeitor da Humanidade, que devo fazer para alcançar a vida eterna? Como agir para entrar na posse da verdadeira luz?
Respondeu-lhe o orientador:
— Que te aconselha a doutrina? Como lês o ensinamento do Cristo?
O consulente pensou um minuto e replicou:
— Amarás o Senhor teu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com todas as forças, com todo o entendimento e a teu próximo como a ti mesmo.
O Sábio Espiritual sorriu e observou:
— Respondeste bem. Faze isso e alcançarás a vida eterna.
Contudo, o intelectualista, apresentando justificativa e desejando destacar-se no círculo dos irmãos, interrogou ainda:
— Como reconhecerei o meu próximo?
O comunicante assumiu atitude paternal e narrou" (Xavier, 1978, p. 243 e 244) a passagem, comparando o espiritista ao materialista, a qual iremos resumir:
Situação 1: pessoas ignorantes que reclamavam o ensino.
Atitude do Espiritista: passou de largo dizendo que aquilo não era Espiritismo.
Atitude do Materialista: distribui palavras conforto e de encorajamento.
Situação 2: miserável mulher, exibindo terríveis sinais de sífilis.
Atitude do Espiritista: passou de largo, com medo de ser visto na casa de prazeres menos dignos, dizendo que aquilo não era Espiritismo.
Atitude do Materialista: amparou a pobre criatura, providenciando que fosse asilada em hospital próximo e colaborou no pagamento das despesas.
Situação 3: grupo de trabalhadores, filiado às Igrejas evangélicas, solicitando dinheiro para as pessoas carentes.
Atitude do Espiritista: como expressavam interpretações diferentes das do Espiritismo, diz que aquilo não era Espiritismo.
Atitude do Materialista: conversou, inteirou-se do propósito e deu-lhe uma soma de dinheiro para a obra benemérita.
Por fim diz: Quem aprendeu a reconhecer próximo, prestando-lhe serviços?
CONCLUSÃO
Vemos, por esta simples parábola, a grande dificuldade de colocarmos em prática a verdadeira caridade. A maioria de nós ainda é católico, espírita ou protestante de fachada. Esquecemo-nos de que a salvação da alma não depende da religião que professamos, mas sim, e, unicamente, da caridade que prestarmos ao nosso próximo.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed., São Paulo, IDE, 1984.
SCHUTEL, C. Parábolas e Ensinos de Jesus. 11. ed., São Paulo, O Clarim, 1979.
XAVIER, F. C. Lázaro Redivivo, pelo Espírito Irmão X. 6. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1978.
São Paulo, abril de 2000
Fonte: http://www.ceismael.com.br/artigo/parabola-bom-samaritano.htm
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