quarta-feira, 29 de julho de 2009

Cantinho dos/as adolescentes: Parte II -Cap. 1 De volta à Terra


Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a
lei. Esta frase foi inscrita no monumento megalítico que
constitui o túmulo de Allan Kardec. Sintetiza não apenas o
objetivo da vida, como também o processo existencial. Aplicase
tanto para quem está vivendo no mundo espiritual como para
aqueles que estagiam na esfera material.
Enquanto estamos no mundo dos Espíritos, após a última
passagem reencarnatória pela Terra, avaliamos nossos sucessos
e fracassos, nossos acertos e desacertos. Esse balanço
existencial muitas vezes é feito com o auxílio de Espíritos mais
experientes, cuja sabedoria alcança aspectos ainda inacessíveis
ao nosso entendimento. Assumimos ou reassumimos as responsabilidades na Espiritualidade e aguardamos novas oportunidades de retorno à esfera mais densa da matéria.
É bem verdade que nem todos, enquanto desencarnados, vivem
em colônias ou cidades espirituais de grande elevação. Muitos, a
maioria talvez, ainda vive em mundos espirituais não
propriamente inferiores, mas de pouca evolução. Espíritos
comuns, sem grandes méritos e sem grandes culpas. Nesses
ambientes espirituais, ao contrário do que ainda se pensa, não se
vive uma vida ociosa ou contemplativa. Existem deveres a
serem cumpridos, tarefas a serem realizadas em benefício
próprio ou de outrem.
Nas chamadas zonas purgatoriais ou inferiores, os Espíritos
estagiam por maior ou menor lapso de tempo. O suficiente para
repensarem a própria existência, cansarem-se da vida sem
objetivo, desfazerem-se dos resíduos materiais levados no
perispírito (ou corpo espiritual ou ainda, corpo astral, conforme
algumas filosofias), mudarem de hábitos, conceitos e,
principalmente, preconceitos.
Após esse intervalo entre reencarnações, que pode durar de
alguns anos a décadas e mesmo alguns séculos, o ser sente-se
necessitado de prosseguir em sua marcha evolutiva. Os mais
evoluídos definirão seus próprios rumos com mais liberdade.
Suas existências incluem tarefas de interesse coletivo de maior
ou menor porte, de acordo com suas potencialidades, ao lado
das necessidades pessoais que jamais ficam esquecidas,
considerando-se que um estágio na Terra é oportunidade
preciosa demais para ser desperdiçada. As criaturas com uma
evolução mediana precisarão recorrer aos amigos mais vividos
para a programação de sua jornada terrena. Isso para otimizar
sua reencarnação e minimizar as margens de erro. Ainda assim
sabem que os riscos de insucesso serão apreciáveis, pois são
pessoas com força de vontade ainda algo indisciplinada e
precisarão do amparo dos Espíritos amigos, encarnados ou não.
Quanto àqueles com escasso progresso, serão muitas vezes
constrangidos ao retorno à vida corporal. Muitos deles acabam
por aceitar a reencarnação devido ao esquecimento do passado
produzido pelo mergulho na carne. Suas consciências culpadas
encontrarão algum alívio e com isso ressurge a esperança e a
oportunidade de reparar os erros anteriores.
Enquanto no mundo espiritual usufruímos de capacidades de
percepção mais amplas que ficarão bastante limitadas com o
processo reencarnatório, ainda assim o Espírito não se desliga
totalmente do mundo espiritual. Durante o sono do corpo reverá
os amigos que o acompanham para uma troca de idéias e
aconselhamento. Terá ainda, sem dúvida, amigos reencarnados no seu convívio com quem poderá contar nos momentos
difíceis. E não ficará por aí a misericórdia divina. A intuição nos
momentos oportunos e o socorro da prece estarão sempre ao
alcance do ser reencarnado. Há uma grande diferença no
comportamento do Espírito enquanto reencarnado ou
desencarnado. No mundo espiritual temos a certeza de sermos
“Espíritos”, seres imortais, e isso altera nossa compreensão da
vida. Durante o estágio na Terra, ficamos envolvidos com os
apelos materiais, o corpo carnal amortece nossas percepções, o
esquecimento do passado gera incertezas e, normalmente, os
impulsos e sentimentos inferiores prevalecem devido à condição
evolutiva média do homem terreno, ainda pouco distanciado de
sua passagem pelo reino animal.

continua...

Cantinho dos/as adolescentes


Isso ai galera. A partir de agora nosso blog terá um espaço dedicado aos/às adolescentes. Falaremos de temas que os interessam diretamente. Os estudos da semana permanecem, mas este pequeno momento de reflexão é dedicado aos/às nossos/as amigo/as que tanto gostamos, mas que necessitam de um pouco mais do que os estudos da semana para ouvirem palavras ternas, que lhes falem diretamente ao coração.

Espero que gostem e curtam esse novo cantinho.

Começaremos publicando textos do Livro: ADOLESCENTE, MAS DE PASSAGEM
(Um ensaio espírita sobre a adolescência e a juventude)Paulo R. Santos


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FELICIDADE SEM CULPA


A maioria das pessoas se sente infeliz ou adia sua felicidade por causa da internalização de um poderoso mecanismo, seja social, moral ou religioso, introdutor de culpa.

O grande gerador da infelicidade é a culpa que nos permite, quando instalada, esperar algum tipo de punição para alívio daquilo que consideramos uma transgressão. Vivemos sempre à espera de que essa punição ocorra, gerando ansiedade e adiando nossa felicidade.

É claro que tudo isso ocorre também como um mecanismo que possibilita a percepção da própria liberdade individual. Há pessoas que necessitam de limites para melhor administrar sua liberdade, porém essa regra é utilizada de forma excessiva e castradora, em face do medo que tem o ser humano de perder o controle sobre si mesmo.
O propósito de todo ser humano é alcançar a felicidade possível sem perder a noção da responsabilidade individual pelos próprios atos. Ser feliz só é possível através da liberdade com responsabilidade. Quem não for capaz de assumir as conseqüências de seus atos, não conseguirá viver com a consciência em paz e em harmonia.

Ninguém no mundo está irremediavelmente condenado a sofrer ou a penar eternamente, seja na vida ou na morte.

As teorias que levaram o ser humano a se achar perdido ou condenado a sofrer pelos atos o distanciaram de sua própria felicidade. O ser humano está ‘condenado’ a ser feliz e essa conquista é feita individual e coletivamente. Ele foi presenteado por Deus que lhe deu a Vida.

Fonte: do Livro "Felicidades sem culpa", de Adenáuer Novaes

terça-feira, 28 de julho de 2009

ESTUDO DA SEMANA: Providência Divina



Providência é, neste mundo, tudo o que se faz dispondo as coisas de modo que se realizem objetivos de ordem e harmonia, visando o bem e a felicidade das criaturas, com a plena satisfação das suas reais necessidades, sejam físicas ou espirituais.
Deus, em relação as suas criaturas, é a própria Previdência, na sua mais alta expressão, infinitamente acima de todas as possibilidades humanas. Manifesta-se a Providência Divina em todas as coisas, está imanente no Universo e se exerce através de leis admiráveis e sábias. Tudo foi disposto pelo amor do Pai, soberanamente bom e justo, para o bem de seus filhos, desde as mais elementares providências para a manutenção da vida orgânica e a sua transmissão, garantindo a perpetuação da espécie, até a concessão da faculdade superior do livre-arbítrio, que dá ao homem o mérito da conquista consciente da felicidade, pela prática voluntária do bem e a livre busca da verdade. Deus tudo fez e faz a bem de suas criaturas.lmprimiu-lhes na consciência as leis Morais de trabalho, reprodução, conservação e destruição — esta não abusiva, mas equilibrada; como também a lei de sociedade, obedecendo a qual devem organizar-se em famílias ou em mais amplas comunidades sociais, em cujo seio vão cumprir deveres, ligados todos aquelas leis Morais e ainda as de progresso, igualdade e liberdade, em seu justo e mais elevado sentido e, sobretudo a lei de justiça, amor e caridade.

Propicia Deus, assim, ao homem construir a própria felicidade pela livre observância dessas leis e o cumprimento dos correspondentes deveres, e ele só é infeliz quando os descumpre ou com elas se desarmoniza. Faz o homem tudo o que quer, utilizando-se do livre-arbítrio que a Divina Providência lhe confere para construir ativa e meritoriamente o seu destino; mas é também plenamente responsável pelos atos praticados, devendo arcar com todas as conseqüências deles decorrentes, sejam estas felizes ou infelizes. Parece, então, que se opõem a Providência Divina e o livre-arbítrio humano. Mas não! Deus concede o livre-arbítrio ao homem para que ele acrescente a sua felicidade o mérito da iniciativa e espontaneidade, no trabalho,
na busca do próprio bem, na livre escolha do caminho reto para o conseguir. A tudo
Deus realmente prove, mas não quer inativa a sua criatura, recebendo passivamente a graça divina, e sim que a busque por si mesma, conquistando através de perseverantes esforços a felicidade e o progresso. “(...) Pelo uso do seu livre-arbítrio, a alma fixa o próprio destino, prepara as suas alegrias ou dores. Jamais, porém, no curso de sua marcha — na provação amargurada ou no seio da luta ardente das paixões —, lhe será negado o socorro divino.Nunca deve esmorecer, pois, por mais indigna que se julgue; desde que em si desperta a vontade de voltar ao bom caminho, a estrada sagrada, a Providência dar-lhe-á auxílio e proteção.

A Providência é o espírito superior, e o anjo velando sobre o infortúnio, é o consolador invisível, cujas inspirações reaquecem o coração gelado pelo desespero, cujos fluidos vivificantes sustentam o viajor prostrado pela fadiga; é o farol aceso no meio da noite, para a salvação dos que erram sobre o mar tempestuoso da vida. A Providência é, ainda, principalmente, o amor divino derramando-se a flux sobre suas criaturas. Que solicitude, que previdência nesse amor! (...)

“A alma é criada para a felicidade, mas, para poder apreciar essa felicidade, para conhecer-lhe o justo valor, deve conquistá-la por si própria e, para isso, precisa desenvolver as potências encerradas em seu íntimo. Sua liberdade de ação e sua responsabilidade aumentam com a própria elevação, porque, quanto mais se esclarece, mais pode e deve conformar o exercício de suas forças pessoais com as leis que regem o Universo.

A liberdade do ser se exerce, portanto, dentro de um círculo limitado: de um lado, pelas exigências da lei natural, que não pode sofrer alteração alguma e mesmo nenhum desarranjo na ordem do mundo; de outro, por seu próprio passado, cujas conseqüências lhes refluem através dos tempos, até à completa reparação. Em caso algum o exercício da liberdade humana pode obstar à execução dos planos divinos: do contrário, a ordem das coisas seria a cada instante perturbada. Acima de nossas percepções limitadas e variáveis, a ordem imutável do Universo prossegue e mantém-se. Quase sempre julgamos um mal aquilo que para nós é o verdadeiro bem. Se a ordem natural das coisas tivesse de amoldar-se aos nossos desejos, que horríveis alterações daí não resultariam?
O primeiro uso que o homem fizesse da liberdade absoluta seria para afastar de si as
causas de sofrimento e para se assegurar, desde logo, uma vida de felicidade. Ora, se há males que a inteligência humana tem o dever de conjurar, de destruir — por exemplo, os que são provenientes da condição terrestre —, outros há, inerentes à nossa natureza moral, que somente dor e compressão podem vencer; tais são os vícios. Nestes casos, torna-se a dor uma escola, ou, antes, um remédio indispensável: as provas sofridas não são mais que distribuição eqüitativa da justiça infalível.”
Mas a Providência Divina, em relação à Humanidade terrestre, ainda se manifestou
quando Deus nos confiou a Jesus, como discípulos a um Mestre e como ovelhas a um Pastor.

Com que solicitude e paciência infinita Ele nos vem, desde então, ensinando e conduzindo, através de séculos e milênios! Não estamos em momento algum desamparados ou à nossa própria sorte abandonados. Divina Providência, que nos acompanhas através de vidas sucessivas, objetivando o nosso progresso e a nossa ascensão, mesmo quando nos fazes sofrer — pois, se por nossa culpa e o mau exercício do livre-arbítrio, estivermos, de fato, sofrendo, por força da Lei, as conseqüências dos nossos desmandos, pela própria Lei seremos devolvidos à paz e à felicidade, beneficiados pela dor redentora, enriquecidos de experiência e de sabedoria —, desde o momento em que te reconhecemos e nos conscientizamos da tua imanência numa lei sábia e soberana, que estabelece tudo para o nosso bem, louvamos aquele de quem emanas, na imensidão da sua justiça e do seu amor!


FONTES DE CONSULTA

01 - KARDEC, Allan. A Providência.. In: . A gênese. Trad. de Guillon Ribeiro. 35. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1992. Item 20, pág. 60.
02 - Item 24, págs. 62-63.
03 - DENIS, Léon. Livre-arbítrio e Providência In: . Depois da Morte. Trad. de João Lourenço
de Souza. 19. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1996. págs. 243-244.

Semana de Fé


Pessoal,

essa semana faremos um estudo para que vocês tenham ainda mais certeza da importância da Fé em Deus e num futuro maravilhoso que nos aguarda.

Gostaríamos muito que vocês colocassem suas emoções e sentimentos no nosso grupo sempre que quiserem desabafar, aliviar suas tensões, colocar seus medos, suas angústias.

O grupo é para isso. Lembrem-se sempre, somos um GRUPO. Grupo de Amigos, de pessoas que amam e buscam estudar a mesma doutrina, que estão na mesma sociedade, assim podendo sofrer atribulações e dores parecidas ou mesmo as idênticas.

Estejam certos de nossa presença aos sábados para ajudá-los no que pudermos.

grandes abraços fraternais.

Firmeza de FÉ


"E os que estão sobre a pedra,
estes são os que, ouvindo a palavra,
a recebem com alegria; mas, como
não têm raiz, apenas crêem por
algum tempo, e, na época da tentação,
se desviam." - Jesus. (Lucas, 8:13.)

A palavra “pedra”, entre nós, costuma simbolizar rigidez e impedimento; no entanto, convém não esquecer que Jesus, de vez em quando, a ela recorria para significar a firmeza. Pedro foi chamado pelo Mestre, certa vez, a “rocha viva da fé”.
O Evangelho de Lucas fala-nos daqueles que estão sobre pedra, os quais receberão a palavra com alegria, mas que, por ausência de raiz, caem, fatalmente, na época das tentações.

Não são poucos os que estranham essa promessa de tentações, que, aliás, devem ser consideradas como experiências imprescindíveis.

Na organização doméstica, os pais cuidarão excessivamente dos filhos, em pequeninos, mas a demasia de ternura é imprópria no tempo em que necessitam demonstrar o esforço de si mesmos.

O chefe de serviço ensinará os auxiliares novos com paciência e, depois, exigirá, com justiça, expressões de trabalho próprio.

Reconhecemos, assim, pelo apontamento de Lucas, que nas experiências religiosas não é aconselhável repousar alguém sobre a firmeza espiritual dos outros; enquanto o imprevidente descansa em bases estranhas, provavelmente estará tranqüilo, mas, se não possui raízes de segurança em si mesmo, desviar-se-á nas épocas difíceis, com a finalidade de procurar alicerces alheios.

Tudo convida o homem ao trabalho de seu aperfeiçoamento e iluminação.

Respeitemos a firmeza de fé, onde ela existir, mas não olvidemos a edificação da nossa, para a vitória estável.

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Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminho, Verdade e Vida.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
16a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996.

fonte: http://www.mocidadesespiritas.com.br