
O amor é um tema tão importante para a vida humana que aparece em praticamente todo tipo de manifestação artística, cultural, religiosa ou científica. A psicologia procura entendê-lo, explicá-lo, considera seus aspectos psicossomáticos e no
entanto, influenciada pelo materialismo, vai pouco além da superfície.
A dificuldade pode estar no fato de se confundir sensação com sentimento, paixão com amor. As sensações são dadas pelo corpo carnal. São o resultado de estímulos do sistema nervoso, que transmite as impressões de prazer ou dor ao Espírito, via
corpo espiritual. As emoções, os sentimentos, são atributos
exclusivos do ser imortal. O corpo físico não os possui. É fácil concluir, portanto, que não se pode “fazer amor”; se faz sexo. A mente se nutre dos próprios pensamentos, como o corpo de carne se nutre da matéria do mundo que o constitui. O Espírito, de forma semelhante, se nutre de emoções, de sentimentos,
cujos efeitos perduram por longo tempo. Os sentimentos felizes contribuem para a saúde espiritual, mental e física da criatura.
Entretanto, é importante compreender que o amor é uma expressão geral para o conjunto de virtudes e não constitui uma virtude à parte. É uma conquista lenta e gradual na proporção em que o Espírito avança na acumulação de experiências, de
virtudes, que no seu conjunto passarão a refletir a posição evolutiva daquele ser. A solidariedade, o altruísmo, a preocupação com o bem-estar do próximo enfim, são formas já avançadas de amor. Somente seres da estatura espiritual de um
Jesus são capazes do amor-síntese, reflexo de seu grande avanço no campo do conhecimento e da moral.
Considerando a posição evolutiva média dos homens terrenos, esse amor-síntese ainda é uma meta a ser atingida. Ainda lutamos muito para sair do nosso egoísmo, da excessiva preocupação com nossos próprios interesses, e para a aquisição
de virtudes básicas como a humildade e a caridade.
As emoções do adolescente, portanto, são importantes para a construção da sua nova personalidade, visando uma nova etapa evolutiva. Freud, considerado o pai da psicanálise, escreveu que “no desenvolvimento da humanidade como um todo, tal como
em indivíduos, somente o amor age como fator civilizador no sentido de que ele traz uma mudança do egoísmo para o altruísmo”. Realmente, é por causa do amor em sua expressão mais elevada que certas pessoas se doam por completo a ideais,
muitas vezes sacrificando a própria felicidade e existência.
O amor sexual é um tipo de amor. Devido às alterações hormonais o jovem sente uma intensa excitação, aliada às novas emoções que experimenta. Na realidade, o amor verdadeiro é calmo, pleno em si mesmo, gratificante; não é possessivo nem
limitador. O que é mais comum na adolescência é aquilo que se chama paixão. Um tipo de amor que surge tão rapidamente como se esvai. Muitas vezes há mais desejo sexual, que é uma vontade de contato físico. O desejo sexual normal, no dizer dos
especialistas, é puramente o desejo de ter contato com o corpo da outra pessoa e do prazer que esse contato produz. As atividades que têm esse objetivo, por exemplo, beijar, abraçar e acariciar sob certas condições, são qualificadas de sexuais
mesmo que não haja sintomas genitais de excitação.
Nesse período da vida a busca da auto-afirmação leva os jovens, mais que as jovens, a correrem riscos desnecessários como pegar o carro do pai e sair por aí demonstrando sua pretensa coragem e habilidade. Temeridade seria a palavra certa. O
jovem expõe-se a causar danos a pessoas ou coisas, quando não a si mesmo. E o fato de ser um adolescente não o eximirá de responsabilidades perante as leis divinas, mesmo que escape das leis terrenas. Convém relembrar que a criança e o adolescente
são, antes de tudo, Espíritos reencarnados. Se as condições biopsíquicas próprias da adolescência implicam um certo determinismo em suas ações, o que é considerado tanto da perspectiva terrena quanto espiritual, isso não quer dizer que o rapaz ou a moça não gozem do seu livre arbítrio. Não existe arrastamento para o mal, nos dizem os Espíritos que contribuíram para a codificação espírita. Se o ser se entrega a
práticas ilegais ou ilícitas é porque ainda se compraz no mal.
Todo o edifício doutrinário espírita tem caráter preventivo e visa primordialmente nos auxiliar a fazer bom uso do livre arbítrio. O livre arbítrio pode ser entendido como sinônimo de liberdade.
Há liberdade onde há escolha.(p.13)
Vamos pensar sobre esse assunto? Sabemos que é por demais polêmico, cada um tem sua opinião, mas é necessário que queiramos conversar sobre ele para evitarmos sofrer desnecessário.
BOA SEMANA DE ESTUDOS, PRECE E PAZ NOS LARES
abraços especiais para Natan e sua família da turma do CEPEAK. Te esperamos em 2010!!!