quarta-feira, 9 de junho de 2010

Junho: as três revelações da Lei De DEUS

Oi amigos/as,

aos que faltaram o estudo do dia 05. Bom, conversamos sobre quais elementos da vida atual estão de acordo com as leis de Deus.

Segundo a Doutrina Espírita, a Lei de Deus está dividida,para nosso entendimento em:

1 - Divina ou Natural;
2 - Lei de Adoração;
3 - Lei do Trabalho;
4 - Lei de Reprodução;
5 - Lei de Conservação;
6 - Lei de Destruição;
7 - Lei de Sociedade;
8 - Lei do Progresso;
9 - Lei de Igualdade;
10 - Lei de Liberdade;
11 - Lei de Justiça, Amor e Caridade;
e Finalmente, 12, Perfeição Moral.

Essas leis estão apresentadas no Livro dos Espíritos na parte terceira "Das Leis Morais". Leiam!!

Estudamos detidamente a Lei Divina ou Natural que nos auxilia a pensar no estudo do mês. Vamos a algumas questões?

614 O que se deve entender por lei natural?
– A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do
homem; ela lhe indica o que deve ou não fazer, e ele é infeliz somente
quando se afasta dela.

615 A lei de Deus é eterna?
– Eterna e imutável como o próprio Deus.

616 Deus ordenou aos homens, numa época, o que lhes proibiu em outra?
– Deus não pode se enganar; são os homens que são obrigados a mudar suas leis, porque são imperfeitos; mas as leis de Deus são perfeitas.
A harmonia que rege o universo material e o universo moral é fundada sobre as leis que Deus estabeleceu para toda a eternidade.

617 Que objetivos abrangem as leis divinas? Elas se referem a outra coisa além da conduta moral?
– Todas as leis da natureza são leis divinas, uma vez que Deus é o criador de todas as coisas. O sábio estuda as leis da matéria, o homem de bem estuda as da alma e as pratica.

617 a É permitido ao homem se aprofundar em ambas?
– Sim, mas uma única existência não basta.
G Que são, de fato, alguns anos para adquirir tudo o que constitui o ser perfeito, se considerarmos apenas a distância que separa o selvagem do homem civilizado? A mais longa existência possível de imaginar é insuficiente e com maior razão quando é abreviada, como acontece com muitos.
Entre as leis divinas, umas regem o movimento e as relações da matéria bruta: são as leis físicas, cujo estudo é do domínio da ciência. Outras dizem respeito especialmente ao homem em si mesmo e em suas relações com Deus e com seus semelhantes. Elas compreendem as regras da vida do corpo como também as da vida da alma: são as leis morais.

618 As leis divinas são as mesmas para todos os mundos?
– A razão diz que devem ser apropriadas à natureza de cada mundo e proporcionais ao grau de adiantamento dos seres que os habitam.

ORIGEM E CONHECIMENTO DA LEI NATURAL

619 Deus deu a todos os homens meios de conhecer Sua lei?
– Todos podem conhecê-la, mas nem todos a compreendem; os que a compreendem melhor são os homens de bem e os que procuram pesquisá-la; entretanto, todos a compreenderão um dia, porque é preciso
que o progresso se realize.
G A justiça das diversas encarnações do homem é uma conseqüência desse princípio, uma vez que a cada nova existência sua inteligência é mais desenvolvida e compreende melhor o bem e o mal. Se tudo devesse se cumprir numa única existência, qual seria a sorte de tantos milhões de seres que morrem a cada dia no embrutecimento da selvageria ou nas trevas da ignorância, sem que tivesse dependido deles o esclarecimento?

620 A alma, antes de sua união com o corpo, compreende a lei de Deus melhor que depois de sua encarnação?
– Compreende-a conforme o grau de perfeição que atingiu e conserva disso a lembrança intuitiva depois de sua união com o corpo; contudo, os maus instintos do homem o fazem esquecer-se dela.

621 Onde está escrita a lei de Deus?
– Na consciência.

621 a Uma vez que o homem traz inscrita na consciência a lei de Deus, há necessidade que lhe seja revelada?
– Ele a esqueceu e a menosprezou; Deus quis que ela fosse lembrada.

622 Deus deu a alguns homens a missão de revelar Sua lei?
– Sim, certamente; em todos os tempos houve homens que receberam essa missão. São os Espíritos Superiores encarnados com o objetivo de fazer a humanidade avançar.

623 Aqueles que pretenderam instruir os homens na lei de Deus não estavam algumas vezes enganados e, freqüentemente, não fizeram com que se transviassem por meio de falsos princípios?
– Aqueles que não são inspirados por Deus e que, levados pela ambição,se disseram portadores de uma missão que não tinham, certamente puderam desviá-los. Entretanto, como eram de fato homens de gênio, mesmo no meio dos erros ensinados muitas vezes encontram-se grandes verdades.

624 Qual é o caráter do verdadeiro profeta?
– É um homem de bem, inspirado por Deus. Pode-se reconhecê-lo por suas palavras e ações. Deus não se serviria da boca de um mentiroso para ensinar a verdade.


625 Qual é o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem
para lhe servir de guia e modelo?

Jesus.

G Jesus é para o homem o exemplo da perfeição moral a que pode pretender a humanidade na Terra. Deus nos oferece Jesus como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque era o próprio Espírito Divino e foi o ser mais puro que apareceu na Terra.
Se alguns daqueles que pretenderam instruir o homem na lei de Deus algumas vezes o desviaram, ensinando-lhe falsos princípios, foi por se deixarem dominar por sentimentos muito materiais e por ter confundido as leis que regem as condições da vida da alma com as do corpo. Muitos anunciaram como leis divinas o que eram apenas leis humanas criadas para servir às paixões e dominar os homens.

626 As leis divinas e naturais só foram reveladas aos homens por Jesus e, antes dele, tinham conhecimento delas apenas pela intuição?
– Não dissemos que elas foram escritas em todos os lugares? Todos os homens que meditaram sobre a sabedoria puderam compreendê-las e ensiná-las desde os séculos mais remotos. Com os seus ensinamentos, mesmo incompletos, eles prepararam o terreno para receber a semente. Estando as leis divinas escritas no livro da natureza, o homem pôde conhecê- las quando as quis procurar. Eis por que os preceitos que consagram foram proclamados em todos os tempos pelos homens de bem e é por isso, também, que se encontram seus elementos na doutrina moral de todos os povos saídos da barbárie, embora incompletos ou alterados pela ignorância e pela superstição.

627 Uma vez que Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, qual é a utilidade do ensinamento dado pelos Espíritos? Terão a nos ensinar alguma coisa a mais?
– A palavra de Jesus era, muitas vezes, alegórica e em parábolas, porque falava de acordo com os tempos e os lugares. É preciso agora que a verdade seja inteligível para todo mundo. É preciso também explicar e desenvolver essas leis, uma vez que há tão poucas pessoas que as compreendem e ainda menos as que as praticam. Nossa missão é de abrir os olhos e os ouvidos para confundir os orgulhosos e desmascarar os hipócritas: aqueles que tomam as aparências da virtude e da religião para ocultarem suas baixezas. O ensinamento dos Espíritos deve ser claro e inequívoco, a fim de que ninguém possa alegar ignorância e cada um possa julgá-lo e apreciá-lo com a razão. Estamos encarregados de preparar o reino do bem anunciado por Jesus; por isso, não é correto que cada um possa interpretar a lei de Deus ao capricho de suas paixões nem falsear o sentido de uma lei toda de amor e de caridade.

Chegamos assim ao nosso próximo encontro: As revelações de Jesus e Moisés.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Divulgando trabalhos...

Oi amigos,

tenho uma divulgação a fazer. Um "merchan". É que temos uma companheira no grupo que é super talentosa, faz artesanatos com muito carinho, e acho que vale a pena divulgar seus contatos aqui no blog e dar aquela força.
Na hora de comprar um presentinho para um amigo/parente, de chá de bebê a chá de panela, passando pelo cotidiano do seu lar, conte com a nossa companheira Márcia.

Ela faz decoupage, pintura em tecido, madeira, vidros, cerâmicas, etc. Faz também crochê, bijuterias, artigos de decoração (cama, mesa e banho), roupas e acessórios.

Tudo com um bom gosto incrível, uma dedicação percebida nos trabalhos que faz.

Vamos incentivar nossa amiga? Vamos ajudá-la? Vamos dar presentes lindos, personalizados, estilizados, lindíssimos? Então entre em contato com ela e faça sua encomenda.

Pintou aquela ideia diferente? Viu um artesanato que te interessou? liga para ela então e pede que faça!!!

Telefones: (21)2635-1430 ou (21)9983-6839

Obrigada

sexta-feira, 14 de maio de 2010

versão atual da parábola do bom samaritano - maravilhosa!

O Irmão X, em Lázaro Redivivo, conta-nos esta versão da parábola do Bom Samaritano:

"E eis que, em plena assembléia de espiritualidade, se levantou um certo companheiro intelectualizado e dirigiu-se ao Amigo Sábio Benevolente, que se comunicava através da organização mediúnica, perguntando, para tentá-lo:

— Benfeitor da Humanidade, que devo fazer para alcançar a vida eterna? Como agir para entrar na posse da verdadeira luz?

Respondeu-lhe o orientador:

— Que te aconselha a doutrina? Como lês o ensinamento do Cristo?

O consulente pensou um minuto e replicou:

— Amarás o Senhor teu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com todas as forças, com todo o entendimento e a teu próximo como a ti mesmo.

O Sábio Espiritual sorriu e observou:

— Respondeste bem. Faze isso e alcançarás a vida eterna.

Contudo, o intelectualista, apresentando justificativa e desejando destacar-se no círculo dos irmãos, interrogou ainda:

— Como reconhecerei o meu próximo?

O comunicante assumiu atitude paternal e narrou" (Xavier, 1978, p. 243 e 244) a passagem, comparando o espiritista ao materialista, a qual iremos resumir:


Situação 1: pessoas ignorantes que reclamavam o ensino.

Atitude do Espiritista: passou de largo dizendo que aquilo não era Espiritismo.

Atitude do Materialista: distribui palavras conforto e de encorajamento.


Situação 2: miserável mulher, exibindo terríveis sinais de sífilis.

Atitude do Espiritista: passou de largo, com medo de ser visto na casa de prazeres menos dignos, dizendo que aquilo não era Espiritismo.

Atitude do Materialista: amparou a pobre criatura, providenciando que fosse asilada em hospital próximo e colaborou no pagamento das despesas.


Situação 3: grupo de trabalhadores, filiado às Igrejas evangélicas, solicitando dinheiro para as pessoas carentes.

Atitude do Espiritista: como expressavam interpretações diferentes das do Espiritismo, diz que aquilo não era Espiritismo.

Atitude do Materialista: conversou, inteirou-se do propósito e deu-lhe uma soma de dinheiro para a obra benemérita.


Por fim diz: Quem aprendeu a reconhecer próximo, prestando-lhe serviços?


CONCLUSÃO


Vemos, por esta simples parábola, a grande dificuldade de colocarmos em prática a verdadeira caridade. A maioria de nós ainda é católico, espírita ou protestante de fachada. Esquecemo-nos de que a salvação da alma não depende da religião que professamos, mas sim, e, unicamente, da caridade que prestarmos ao nosso próximo.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA


KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed., São Paulo, IDE, 1984.

SCHUTEL, C. Parábolas e Ensinos de Jesus. 11. ed., São Paulo, O Clarim, 1979.

XAVIER, F. C. Lázaro Redivivo, pelo Espírito Irmão X. 6. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1978.

São Paulo, abril de 2000
Fonte: http://www.ceismael.com.br/artigo/parabola-bom-samaritano.htm

Caridade e a parábola do Bom Samaritano

Galera,

após vermos o filme de Bezerra de Menezes (diário de um espírito), estudamos no dia 08 de maio o tema caridade de uma forma diferente. Trabalhamos o necessário e o supérfluo, vimos onde as nossas prioridades estão, onde nosso coração está. Estudamos a parábola do Bom Samaritano no ESE para jovens. Boa leitura!!

"E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, o que é preciso que eu faça para possuir a vida eterna? Jesus lhes respondeu: Que está escrito na lei? Que ledes nela? Ele lhe respondeu: Amareis o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de toda a vossa alma, de todas as vossas forças e de todo o vosso espírito, e vosso próximo coma a vós mesmos. Jesus lhe disse: Respondeste muito bem; fazei isso e viverás.

Mas esse homem, querendo parecer que era justo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo? E Jesus tomando a palavra, lhe disse:


Um homem, que descia de Jerusalém para Jericó, caiu nas mãos de ladrões que o despojaram, cobriram-no de feridas e se foram, deixando-o semi-morto. Aconteceu, em seguida, que um sacerdote descia pelo mesmo caminho e tendo-o percebido passou do outro lado. Um levita, que veio também para o mesmo lugar, tendo-o considerado, passou ainda do outro lado. Mas um Samaritano que viajava, chegando ao lugar onde estava esse homem, e tendo-o visto, foi tocado de compaixão por ele. Aproximou-se, pois, dele, derramou óleo e vinho em sua feridas e as enfaixou; e tendo-o o colocado sobre sue cavalo, conduziu-o a uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, tirou duas moedas e as deus ao hospedeiro, dizendo: Tende bastante cuidado com este homem, e tudo o que despenderdes a mais, eu vos restituirei no meu regresso.

Qual desses três vos parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões? O doutor lhe respondeu: Aquele que exerceu a misericórdia para com ele. Ide pois, lhe disse Jesus, e fazei o mesmo". (São Lucas, cap. 10, 25 a 37)

Interpretação de Kardec: "No quadro desta parábola é preciso separar a figura da alegoria. A homens que estavam ainda na infância da espiritualidade, Jesus precisou utilizar-se de imagens materiais, surpreendentes e capazes de impressionar. Mas ao lado dessa parte acessória e figurada do quadro, há uma idéia dominante: a da felicidade que espera o justo e da infelicidade reservada ao mau. Jesus não fala das convenções externas da religião; simplesmente quer exaltar a caridade, o único meio de salvação da alma. É por essa razão que Jesus coloca o Samaritano, considerado herético, acima do ortodoxo que falta com a caridade". (Kardec, 1984, cap. XV, item 2 e 3, p. 198 a 201)

Bezerra de Menezes: referência de Caridade e amor ao próximo!

Biografia de Bezerra de Menezes







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Adolfo Bezerra de Menezes nasceu na antiga Freguesia do Riacho do Sangue (hoje Jaguaretama), no Estado do Ceará, no dia 29 de agosto de 1831, desencarnando no Rio da Janeiro, no dia 11 de abril de 1900.
No ano de 1838 entrou para a escola pública da Vila do Frade, onde, em dez meses apenas, preparou-se, suficientemente, até onde dava os conhecimentos do professor que dirigia a primeira fase de sua educação. Muito cedo revelou a sua fulgurante inteligência, pois aos 11 anos de idade iniciava o curso de Humanidades e, aos 13 anos, conhecia tão bem o latim que ele próprio o ministrava aos seus companheiros, substituindo o professor da classe em seus impedimentos.
Seu pai, o capitão das antigas milícias e tenente- coronel da Guarda Nacional, Antônio Bezerra de Menezes, homem severo, de honestidade a toda prova e de ilibado caráter, tinha bens de fortuna em fazendas de criação. Com a política, e por efeito do seu bom coração, que o levou a dar abonos de favor a parentes e amigos, que o procuravam para explorar- lhe os sentimentos de caridade, comprometeu aquela fortuna. Percebendo, porém, que seus débitos igualavam seus haveres, procurou os credores e lhes propôs entregar tudo o que possuía, o que era suficiente para integralizar a dívida. Os credores, todos seus amigos, recusaram a proposta, dizendo- lhe que pagasse como e quando quisesse.
O velho honrado insistiu; porém, não conseguiu demover os credores sobre essa resolução, por isso deliberou tornar- se mero administrador do que fora sua fortuna, não retirando dela senão o que fosse estritamente necessário para a manutenção da sua família, que assim passou da abastança às privações.
Animado do firme propósito de orientar- se pelo caráter íntegro de seu pai, Bezerra de Menezes, com minguada quantia que seus parentes lhe deram, e animado do propósito de sobrepujar todos os óbices, partiu para o Rio de Janeiro a fim de seguir a carreira que sua vocação lhe inspirava: a Medicina.
Em novembro de 1852, ingressou como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia. Doutorou- se em 1856 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, defendendo a tese "Diagnóstico do Cancro". Nessa altura abandonou o último patronímico, passando a assinar apenas Adolfo Bezerra de Menezes. A 27 de abril de 1857, candidatou-se ao quadro de membros titulares da Academia Imperial de Medicina, com a memória "Algumas Considerações sobre o Cancro encarado pelo lado do Tratamento". O parecer foi lido pelo relator designado, Acadêmico José Pereira Rego, a 11 de maio de 1857, tendo a eleição se efetuado a 18 de maio do mesmo ano e a posse a 1.o. de junho. Em 1858 candidatou- se a uma vaga de lente substituto da Secção de Cirurgia da Faculdade de Medicina. Por intercessão do mestre Manoel Feliciano Pereira de Carvalho, então Cirurgião- Mor do Exército, Bezerra de Menezes foi nomeado seu assistente, no posto de Cirurgião- Tenente.
Eleito vereador municipal pelo Partido Liberal, em 1861, teve sua eleição impugnada pelo chefe conservador Haddock Lobo, sob a alegação de ser medico militar. Com o objetivo de servir o seu partido, que necessitava dele para ter maioria na Câmara, resolveu afastar-se do Exército. Em 1867, foi eleito Deputado Geral, tendo ainda figurado numa lista tríplice para uma carreira no Senado.
Quando político, levantaram-se contra ele, a exemplo do que sucede com todos os políticos honestos, rudes campanhas de injuria, cobrindo seu nome de impropérios entretanto, a prova da pureza de sua alma, deu-a, quando deliberou abandonar a vida publica e dedicar-se aos pobres, repartindo com os necessitados o pouco que possuía. Corria sempre ao casebre do pobre onde houvesse um mal a combater, levando ao aflito o conforto de sua palavra de bondade, o recurso da sua profissão de médico e o auxilio da sua bolsa minguada.
O Dr. Carlos Travassos havia empreendido a primeira tradução das obras de Allan Kardec e levara a bom termo a versão portuguesa de "O Livro dos Espíritos". Logo que esse livro saiu do prelo levou um exemplar ao deputado Bezerra de Menezes, entregando- o com dedicatória. O episódio foi descrito do seguinte modo pelo futuro Médico dos Pobres: "Deu- mo na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de viagem de bonde. Embarquei com o livro e, como não tinha distração para a longa viagem, disse comigo: ora, adeus! Não hei de ir para o inferno por ler isto... Depois, é ridículo confessar- me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi- me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não encontrava nada que fosse novo para meu Espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!... Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no "O Livro dos Espíritos". Preocupei- me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de nascença".

Desencarnou em 11 de abril de 1900. Ocorrida a sua desencarnação, verdadeira peregrinação demandou sua residência a fim de prestar- lhe a última visita.
No dia 17 de abril, promovido por Leopoldo Cirne, reuniram- se alguns amigos de Bezerra, a fim de chegarem a um acordo sobre a melhor maneira de amparar a sua família, tendo então sido formada uma comissão que funcionou sob a presidência de Quintino Bocaiúva, senador da República, para se promover espetáculos e concertos, em benefício da família daquele que mereceu o cognome de "Kardec Brasileiro".
Digno de registro foi um caso sucedido com o Dr. Bezerra de Menezes, quando ainda era estudante de Medicina. Ele estava em sérias dificuldades financeiras, precisando da quantia de cinqüenta mil réis (antiga moeda brasileira), para pagamento das taxas da Faculdade e para outros gastos indispensáveis em sua habitação, pois o senhorio, sem qualquer contemplação, ameaçava despejá-lo.
Desesperado -- uma das raras vezes em que Bezerra se desesperou na vida -- e como não fosse incrédulo, ergueu os olhos ao Alto e apelou a Deus.

No ano de 1894, em face das dissensões reinantes no seio do Espiritismo brasileiro, alguns confrades, tendo à frente o Dr. Bittencourt Sampaio, resolveram convidar Bezerra a fim de assumir a presidência da Federação Espírita Brasileira.
Em vista da relutância dele em assumir aquele espinhoso encargo, travou- se a seguinte conversação:
-- Querem que eu volte para a Federação. Como vocês sabem aquela velha sociedade está sem presidente e desorientada. Em vez de trabalhos metódicos sobre Espiritismo ou sobre o Evangelho, vive a discutir teses bizantinas e a alimentar o espírito de hegemonia.
-- O trabalhador da vinha, disse Bittencourt Sampaio, é sempre amparado. A Federação pode estar errada na sua propaganda doutrinária, mas possui a Assistência aos Necessitados, que basta por si só para atrair sobre ela as simpatias dos servos do Senhor.
-- De acordo. Mas a Assistência aos Necessitados está adotando exclusivamente a Homeopatia no tratamento dos enfermos, terapêutica que eu adoto em meu tratamento pessoal, no de minha família e recomendo aos meus amigos, sem ser, entretanto, médico homeopata. Isto aliás me tem criado sérias dificuldades, tornando- me um médico inútil e deslocado que não crê na medicina oficial e aconselha a dos Espíritos, não tendo assim o direito de exercer a profissão.
-- E por que não te tornas médico homeopata? disse Bittencourt.
-- Não entendo patavinas de Homeopatia. Uso a dos Espíritos e não a dos médicos.
Nessa altura, o médium Frederico Júnior, incorporando o Espírito de S. Agostinho, deu um aparte:
-- Tanto melhor. Ajudar-te-emos com maior facilidade no tratamento dos nossos irmãos.
-- Como, bondoso Espírito? Tu me sugeres viver do Espiritismo?
-- Não, por certo! Viverás de tua profissão, dando ao teu cliente o fruto do teu saber humano, para isso estudando Homeopatia como te aconselhou nosso companheiro Bittencourt. Nós te ajudaremos de outro modo: Trazendo- te, quando precisares, novos discípulos de Matemática . . .

Fonte:
http://www.espiritismogi.com.br/biografias/bezerra.htm

Estudos de Maio

MAIO: CARIDADE TEM FACE
01/05 – Bezerra de Menezes
08/05 – Caridade
15/05 – Amor ao próximo
22/05 – Respeito
29/05 – Estudo do Livro: Brasil Coração do Mundo...cap. 14 e15. (campanha do quilo)

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Fechamento do mês: a reencarnação, o que é isso mesmo?

Reencarnação


por Sérgio Biagi Gregório

1. INTRODUÇÃO


O objetivo deste estudo é mostrar que a alma é imortal e ao corpo físico retorna quantas vezes for necessário.


2. CONCEITO


Reencarnação significa a volta do Espírito à vida corpórea, mas num outro corpo, sem qualquer espécie de ligação com o antigo. Usa-se também o termo Palingenesia, proveniente de duas palavras gregas — Palin, de novo; genesis, nascimento.

Metempsicose - do grego metempsykhosis, embora empregada no mesmo sentido da reencarnação, tem um significado diferente, pois supõe ser possível a transmigração das almas, após a morte, de um corpo para outro, sem ser obrigatoriamente dentro da mesma espécie. Ou seja, a alma que atingiu a fase humana poderia reencarnar em um animal. Plotino (205-270 a. C.) sugeriu que se substituísse por metensomatose, uma vez que haveria na realidade, mudança de corpo (soma) e não de alma (psykhe) (Andrade, 1984, p. 194 e 195)

Ressurreição - do lat. ressurrectione - significa ato ou efeito de ressurgir, ressuscitar. Segundo o Catolicismo e o Protestantismo, retorno à vida num mesmo corpo.


3. REENCARNAÇÃO E RESSURREIÇÃO


A confusão entre o conceito de ressurreição e o de reencarnação é porque os judeus tinham noções vagas e incompletas sobre a alma e sua ligação com o corpo. Por isso, a reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição. Eles acreditavam que um homem que viveu podia reviver, sem se inteirarem com precisão da maneira pela qual o fato podia ocorrer. Eles designavam por ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente chama reencarnação.

A ressurreição segundo a idéia vulgar é rejeitada pela Ciência. Se os despojos do corpo humano permanecessem homogêneos, embora dispersados e reduzidos a pó, ainda se conceberia a sua reunião em determinado tempo; mas as coisas não se passam assim, uma vez que os elementos desses corpos já estão dispersos e consumidos. Não se pode, portanto, racionalmente admitir a ressurreição, senão como figura simbolizando o fenômeno da reencarnação.

O princípio da reencarnação funda-se, a seu turno, sobre a justiça divina e a revelação. Dessa forma, a lei de reencarnação elucida todas as anomalias e faz-nos compreender que Deus deixa sempre uma porta aberta ao arrependimento. E para isso, Deus, na sua infinita bondade, permite-nos encarnar tantas vezes quantas forem necessárias ao nosso aperfeiçoamento espiritual, utilizando-se deste e de outros orbes disseminados no espaço. (Kardec, 1984, cap. IV, it. 4, p. 59)


4. FINALIDADE DA ENCARNAÇÃO


1) Expiação — Expiar significa remir, resgatar, pagar. A expiação, em sentido restrito consiste em o homem sofrer aquilo que fez os outros sofrerem, abrangendo sofrimentos físicos e morais, seja na vida corporal, seja na vida espiritual.


2) Prova — Em sentido amplo, cada nova existência corporal é uma prova para o Espírito. A prova, às vezes, confunde-se com a expiação, mas nem todo sofrimento é indício de uma determinada falta. Trata-se freqüentemente de simples provas escolhidas pelo espírito para acabar a sua purificação e acelerar o seu adiantamento. Assim, a expiação serve sempre de prova mas a prova nem sempre é uma expiação.


3) Missão — A missão é uma tarefa a ser cumprida pelo Espírito encarnado. Em sentido particular, cada Espírito desempenha tarefas especiais numa ou noutra encarnação, neste ou naquele mundo. Há, assim, a missão dos pais, dos filhos, dos políticos etc.


4) Cooperação na Obra do Criador — Através do trabalho, os homens colaboram com os demais Espíritos na obra da criação.


5) Ajudar a Desenvolver a Inteligência — a necessidade de progresso impele o Espírito às pesquisas científicas. Com isso a sua inteligência se desenvolve, sua moral se depura. É assim que o homem passa da selvageria à civilização.


A encarnação ou reencarnação tem outras finalidades específicas para este ou aquele Espírito. Citam-se, por exemplo, o restabelecimento do equilíbrio mental e o refazimento do corpo espiritual. (FEESP, 1991, 7.ª Aula, p. 73 a 76)


5. JUSTIÇA DA REENCARNAÇÃO


A doutrina da reencarnação, que consiste em admitir para o homem muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à idéia da justiça de Deus com respeito aos homens de condição moral inferior; a única que pode explicar o nosso futuro e fundamentar as nossas esperanças, pois oferece-nos o meio de resgatarmos os nossos erros através de novas provas. A razão assim nos diz, e é o que os Espíritos ensinam. (Kardec, 1995, pergunta 171)

fonte: www.ceismael.com.br/artigo/reencarnacao


aprendam a pesquisa e conferir se as palavras proferidas vêm do evangelho de JESUS!!

Boas leituras e boa semana

Sábado nos encontramos para falar o mês todo de CARIDADE.

beijos